segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Teatro: Radiofonias Brasileiras



Segundo Diego Molina, diretor artístico desse ótimo Radiofonias Brasileiras, “isto não é um musical”. Como ele explica no programa do espetáculo, “A música (...) não comenta, não repete (...), não alegra, não adjetiva a cena. Ela é a cena”. E é exatamente isso.

Radiofonias Brasileiras, cuja autoria é de Bosco Brasil, em cartaz no Teatro Alcione Araújo, dentro da Biblioteca Parque Estadual (e com quatro sessões com acessibilidade, como se pode conferir no Serviço, mais abaixo), tem um enredo instigante que se sustentaria sem qualquer intervenção musical, mas ainda a tem, e na medida certa. Chuto arriscar que talvez seja essa mistura o que o torna um espetáculo completo: um pano de fundo histórico e importante da vida política brasileira, a justa medida musical e muito bem interpretada pelos atores e pela banda e, finalmente, a ficção envolvente dos bastidores de uma rádio que, aos poucos, vai perdendo espaço e talentos para a televisão.

A direção musical é de Tato Taborda e o espetáculo faz releituras de importantes músicas da época, como “Wave”, de Tom Jobim, “Marginália 2”, de Gilberto Gil e Torquato Neto, “Parque Industrial”, de Tom , para citar apenas algumas entre inúmeras outras. A história ocorre entre os anos de 1963 e 1973, cenário do Golpe de 64, em que a influência dos militares nos meios de comunicação era absoluta. O medo, as alianças, as traições, os favores e algumas paixões acontecem em meio às novelas de rádio, aos jingles, às opiniões políticas.

O grupo (sete atores e quatro músicos, estes últimos da Banda Hétera), que nos guiará pelas intrigas e reviravoltas do enredo, já nos seduz de cara, abrindo o espetáculo em modo-fanfarra e entrando por trás, pela mesma porta por onde nós, espectadores, entramos.

A peça começa alegrando para, em seguida, dar lugar a certa introspecção do que seria mais uma madrugada de trabalho do autor de novelas Amílcar Maranhão (Reinaldo Gonzaga, excelente, carismático até quando apenas acompanha as cenas e as falas dos colegas com quem divide o palco). 
Após sua morte, ele é convidado pelo diabo, Maíra Lana (também ótima, conseguindo mesclar, em sua atuação, um misto de sedução, ironia e fina superioridade), a pinçar fatos de sua memória em ordem opcional (ela faz essa concessão ao protagonista, mas está sempre por perto para fazer ajustes necessários, questionar, ironizar e pontuar a ausência de veracidade dessa memória pouco confiável em alguns momentos).

O enfoque dessa rememoração derradeira se dá sobre seu trabalho nos últimos anos da Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. Pedro Lima, que representa o poderio antipático dos militares da década de 60 e seguintes, também está muito bem no papel (e o ator também assina a preparação vocal da peça), assim como Luciana Bollina, também ótima no papel de Nice, outra funcionária da redação que vai alçando voos maiores em sua carreira. Todo o elenco (Adriana Seiffert, Alessandro Brandão, José Mauro Brant e George Luis Prata) nos emociona com um trabalho de equipe fantástico e atuações vibrantes (quase todos interpretam mais de um papel).

A peça é dinâmica, seus personagens são sólidos e tudo é pontuado pela música que nunca é demais. Há momentos surpreendentes, outros de graça (como os da novela de rádio) e alguns outros de beleza tocante (em especial, a cena que agrega Nice, a autora de novelas, cantando com a máquina de datilografar sobre os joelhos e dois personagens dançando de modo comovente a Ave Maria dos Namorados).

É importante dizer, finalmente, que a luz de Aurélio de Simoni ajuda a compor lindamente o dinamismo da peça e está irretocável, e a direção de movimento de Sueli Guerra permite que se explore ao máximo e harmonicamente o ótimo cenário assinado por Aurora dos Campos, que, por seu turno, além de proporcionar o aproveitamento do espaço do palco, permite vários planos interessantes de diálogos entre os atores, colocando-os em posições diferenciadas de poder e dominação, ainda que tais posições sejam sempre fluidas e passíveis de mudança.

Bosco Brasil e Diego Molina comemoram dez anos de parceria neste musical, cuja temporada vai até 19 de dezembro, contando ainda com duas sessões com acessibilidade para pessoas com deficiências auditiva e visual.



FICHA TÉCNICA
Texto:
Bosco Brasil
Direção Artística
Diego Molina
Direção Musical
Tato Taborda
Elenco
*Todos os atores interpretam mais de um personagem, exceto os dois protagonistas. Aqui estão destacados os principais de cada um.

Músicos em cena
Reinaldo Gonzaga (Amílcar Maranhão), Adriana Seiffert (duas Fúlvias – Melíflua e Magnífica), Alessandro Brandão (Zero Ponto), George Luís (Cacique), Luciana Bollina (Nice), Maíra Lana (Diabo), Pedro Lima (Villarino), Zé Mauro Brant (Tetê).

Antonio Ziviani, Breno Góes, Felipe Ridolfi e Pedro Leal David (Banda Hétera)
Cenário
Aurora dos Campos
Figurino
Colmar Diniz
Iluminação
Visagismo
Adereços
Assistente de Direção
Preparação Vocal
Aurélio De Simoni
Diego Nardes
Tuca
Carolina Godinho
Pedro Lima
Preparação Corporal
Sueli Guerra e Priscila Vidca
Fotos e Vídeos
Ananda Campana
Programação Visual
Thiago Sacramento
Intérpretes de Libras
Audiodescrição
Jdl Acessibilidade
Nara Afonso Monteiro
Assessoria de Imprensa
Assistente de Assessoria de Imprensa
Assistente de Cenografia
Direção de Produção
Produção Executiva
Daniella Cavalcanti
Fernanda Miranda
Paula Tibana
Maria Alice Silvério
George Luis, Janaina Avila, Thamires Trianon e Valéria Alves
Realização
2bb2 Produções Artísticas


SERVIÇO
Temporada: 06 de novembro a 19 de dezembro
Local: Teatro Alcione Araújo da Biblioteca Parque Estadual (Av. Presidente Vargas, 1261 -  Centro)
Telefone: (21) 2232-7225
Horário: quintas e sextas, às 19h, e sábados, às 18h. Em dezembro, sessão também às quartas (dias 02, 09 e 16/12), às 19h
Ingressos: R$30,00
Gênero: musical
Duração: 120 minutos
Capacidade: 195 lugares
Classificação: 16 anos
Bilheteria: abre 1 hora antes do espetáculo

Sessões com acessibilidade:
21/11 (sábado) e 12/12 (sábado) - sessões com audiodescrição para pessoas com deficiências visuais (haverá também o programa digital)
14/11 (sábado) e 16/12 (quarta-feira) - sessões com intérpretes de Libras - a língua brasileira de sinais - para pessoas com deficiências auditivas



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Teatro: Inquietos



A peça Inquietos, espetáculo da Cia. Hátor com direção da Marcos Barreto, tem seus momentos, seus bons momentos, e nos diverte um bocado neles. Os diálogos absurdos em que seus personagens são capturados em encontros fortuitos, e as consequências igualmente absurdas que se desdobram desses encontros, tornam a peça divertida. Trata-se de um espetáculo despretensioso e, em diversos lances, simpático.

No entanto, falta algo no conjunto completo da obra. O texto talvez precisasse amadurecer um pouco mais, para que alguns links não ficassem completamente soltos. Não sou daquelas pessoas que acha que tudo tem que ter um sentido, que uma explicação que torne um texto redondinho seja sempre essencial, mas frases enigmáticas avulsas sem um porquê também não fazem o meu feitio, e isso ocorre uma ou duas vezes em Inquietos.


A peça está em cartaz no Teatro Vanucci, no Shopping da Gávea, e traz Francine Thomas, Daniel Freitas e Fabiano Bernardelli no elenco. A maneira como a personagem Rita aprende a lidar com sua tragédia e a forma como traduz seu drama em evento menos indigesto na medida do possível (com leveza e humor) é interessante, e Francine Thomas está bem no papel, arrancando gargalhadas do público através de trejeitos que são cômicos sem ser exagerados. O momento em que perde o ônibus para a Pavuna e inicia uma cantilena interminável de lamúrias é de fato engraçado. Ela parece sofrer mais com o desdém do motorista do que com o resultado de um exame de saúde que poderá mudar sua vida drasticamente, e a partir daí podemos refletir sobre o valor que damos aso diferentes reveses de nossas vidas, aumentando o peso do que não é tão pesado e sofrendo desnecessariamente. Fabiano Bernardelli também está bem no papel de Jorge e Daniel Freitas, que é também o autor do texto, consegue desempenhar bem as piruetas que seu personagem demanda, deixando loucos e confusos aqueles que com ele interagem. Esses são os pontos positivos do espetáculo em cartaz sempre às quartas. Entretanto, a sensação de que algo está faltando e precisa ser aprimorado é mais forte do que as gargalhadas que, sim, soltamos durante a apresentação. 

Ficha técnica:
Espetáculo: Inquietos
Texto: Daniel Freitas
Direção: Marcos Barreto
Supervisão: Leonardo Talarico
Elenco: Francine Thomas, Daniel Freitas e Fabiano Bernardelli
Trilha Sonora: Marcelo Lehmann e Sérgio Pascolato
Cenografia: Sérgio Pascolato
Figurino: Allan Kardec
Iluminação: Wagner Pinto
Técnico de Som: Sérgio Pascolato
Arte: Luan Dutra
Produção: Hátor Produções
Direção de Produção: Francine Thomas
Assessoria de Imprensa: Lu Nabuco Assessoria em Comunicação

SERVIÇO:
Local: Teatro Vannucci (Rua Marquês de São Vicente, 52/ 3º andar. Shopping da Gávea)
Temporada: De 11 de novembro a 30 de dezembro 
Horário: 4ªs feiras, às 21h
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) R$ 30,00(meia)
Bilheteria do Teatro: (21) 2274-7246
Horário da Bilheteria – de 3ª feira a domingo, das 14h às 22h
Capacidade: 425 lugares
Indicação Etária: 14 anos
Gênero: Comédia Dramática

Duração: 60 minutos

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Filme: Numa Escola de Havana (Conducta, 2014)


O que é ser professora? O que é ser professora a vida inteira? Ou ainda: ser professora numa escola em Cuba. Ou, finalmente: o que é ensinar? Numa Escola de Havana(Conducta, Cuba, 2014), de Ernesto Darana, é um filme que traz à baila reflexões como essas ao construir alguns dramas entrelaçados em uma sala de aula. Ele não propõe exatamente um debate, como o francês Entre os muros da escola, de 2009, mas a história que retrata leva a reflexões interessantes sobre tais questões e, mais especificamente, sobre isso: o que é ter um trabalho que dá sentido à vida, envolver-se com o trabalho de corpo e alma, envolver-se a tal ponto que talvez não haja volta.
A professora da classe de Chala (Armando Valdes Freire), Carmela (Alina Rodriguez, falecida este ano), dedica sua vida ao magistério. Foi professora da mãe de Chala, lecionou para inúmeras classes, viu seus alunos crescerem, acompanhou gerações e tem experiência. Lida com dificuldades sociais difíceis de solucionar e não desanima diante delas. Não se amedronta, nem se deixa acuar. O sentido de sua vida está explícito: a formação de crianças. A escola não pode dar conta de tudo nem deve substituir a família, ok. A função da escola e do professor é tema de debates infinitos, ok. Mas Carmela sabe que pode fazer muito mais do que trabalhar conteúdos com suas turmas e avaliá-los ao final dos bimestres para tentar aferir o quanto aprenderam e traduzir essa quantidade em notas ou conceitos. Aliás, há muito mais a fazer.
Acompanhamos então a saga desse menino, Chala, que é criado pela mãe, mais perdida do que ele. Para garantir algum dinheiro que pague as contas, Chala cria pombos para vendê-los e cachorros para rinhas de cães. No colégio, está ameaçado de ser levado para a escola de conduta, onde ficará internado e separado de sua mãe, porque o tempo inteiro se envolve em confusões. Os burocratas não sabem o que fazer com ele, mas acreditam que devem fazer o seu trabalho, há regras a cumprir, custe o que custar.
Chala parece incorrigível, mas é quem ajuda a professora em diversas situações. É um menino de 11 anos que tem que se virar para que o dia a dia não o aniquile, mas é ainda criança e tem responsabilidades de pessoa mais velha mescladas aos impulsos que são próprios da idade e de seu jeito de ser. Carmela é sua professora, mas é como se fosse sua avó. O afeto entre eles transcende qualquer hierarquia de funções definidas a priori. Aliás, Carmela é um exemplo de questionamento de funções e regras cuja definição prévia e rígida não contribui em nada. E não tem medo das consequências de falar.
Numa Escola de Havana é um filme excelente, cujos dramas não resvalam para a tragédia e é possível rir o tempo inteiro com o carisma de Chala e de seus colegas de classe. Retrata o contexto específico da realidade social de Cuba e da educação, mas seu mérito é fazer com que possamos fisgar, dessa história, o que há de mais universal. O que fazemos de nossas vidas, o que fazemos de nossos trabalhos e como encaramos nossas funções?
Somos protocolares e burocráticos, ou vamos além, quando importa ir além, quando é necessário fazê-lo? Fazemos o que nos mandam ou questionamos as ordens, quando devem ser questionadas? Ficamos amedrontados com o que podemos perder, caso nos posicionemos de modo contrário ao que se espera, e deixamos de nos solidarizar com a dificuldade do outro, ou tentamos fazer o que é possível para não nos enredarmos em nosso individualismo seguro de cada dia?
Carmela ama ser professora, ama seus alunos, realiza sua tarefa principal com um afeto inesgotável e não tem medo de se posicionar. Ela faz aquilo o que cada vez mais as pessoas têm medo de fazer: fala, diz o que pensa, defende suas ideias. Coloca em prática seu discurso. E, claro, pode ser que pague um preço alto, mas sempre em nome de uma coletividade.

Uma Ilíada


Após a apresentação da peça Uma Ilíada, no último sábado, o ator Bruce Gomlevsky, em bate-papo com o público, fala da Ilíada como “uma ferramenta de compreensão dos dias de hoje”. A peça, belíssima, estreou no último 5 de novembro e está no no Teatro I doCCBB, com seis apresentações semanais (menos às terças-feiras, quando o CCBB fecha). Uma Ilíada trata-se de uma adaptação da peça escrita pelos americanos Lisa Peterson eDenis O’Hare, com tradução de Geraldo Carneiro. Ela é dirigida e interpretada brilhantemente por Bruce.
Ilíada é o poema épico atribuído a Homero, que retrata o episódio da Ira de Aquiles no décimo e último ano da Guerra de Troia. As disputas por bens, as revoltas e as vinganças são o foco desses episódios que nada mais são que a tradução de conflitos e emoções que se passam na alma humana. O furor de Aquiles diante da morte de seu melhor amigo,Pároclo, morto por Heitor, é talvez o elemento fundamental que nos leva a pensar em todas as outras guerras que acontecem até os dias de hoje e em todas as mortes desencadeadas pelas paixões humanas.
A peça é excelente por diversas razões. Trata-se de um texto que, como diz o programa, “realça a atualidade da narrativa homérica”. Assim, a adaptação permite que se possa acompanhar o poema homérico lançando pontes sutis de acessibilidade ao público, dado que em alguns momentos, pela quantidade de nomes gregos que são falados, o texto pode parecer um pouco mais difícil do que de fato é. Essas pontes são, por exemplo, algumas explicações de termos usados no texto, sem que fique excessivamente didático ou enfadonho.
Em segundo lugar, o tratamento dramatúrgico conferido ao texto acompanham a universalidade e a atemporalidade dos temas tratados na obra. Todas as opções da direção e da produção do espetáculo são extremamente felizes em sublinhar o essencial. No que tange à dramaturgia, há, em primeiro lugar, e já causando impacto aos espectadores que vão chegando, um cenário limpo, minimalista, que convida a certa introspecção. Um círculo de quinze velas é disposto no palco e o aedo, contador de história que irá nos contar a Ilíada, está ali, quieto, sentado, como se em posição de meditação. A luz é baixa e a indicação é de que nos concentraremos em um texto importante.
Ao final da exibição de sábado, em bate-papo com os espectadores que ficaram depois da apresentação, Bruce explica, motivado por perguntas do público quanto ao cenário, que, durante os ensaios, pensou em colocar uma série de objetos, mas aos poucos foi vendo que isso não seria necessário e sua opção acabou sendo a de um cenário vazio de coisas. Assim, Bruce Gomlevsky quis resgatar o lugar do contador de história, sublinhando a importância da palavra no espetáculo. E, de fato, o essencial é a vida dos personagens e das paixões que são contadas, cujo acompanhamento e entendimento são favorecidos por uma atuação absolutamente brilhante do ator. É um monólogo sem recursos visuais além do jogo de iluminação e do acompanhamento do contra-baixo acústico de Alana Alberg e a beleza reside exatamente na simplicidade com que tudo foi escolhido e no realce feito aos movimentos da alma.
Posso destacar dois momentos mais emocionantes de Uma Ilíada: o primeiro seria o da dor profunda do pai de Heitor, que pede o corpo de seu filho morto a Aquiles, enfurecido; é o momento em que Aquiles consegue arrefecer sua raiva e, por compaixão, entrega o corpo e deixa de sentir a fúria. O segundo seria o da enumeração de incontáveis outras guerras que, ao longo da humanidade, destroçaram povos, países e pessoas. Nesses dois momentos é possível sentir a dor do pai de Heitor graças à tocante interpretação de Bruce, e também a perplexidade causada pela listagem de uma miríade de guerras que vêm acontecendo ao longo de anos e, naquele momento, são ainda mais flagrantemente sem sentido, ainda que tenham muitas razões ditas ou não-ditas para acontecer.
É importantíssimo frisar, finalmente, a beleza da iluminação, de Elisa Tandeta, e a eficácia da direção de movimento, de Daniella Visco. Em um cenário sóbrio, de decoração minimalista, são o texto, a voz, o movimento e a iluminação, além da sonoridade que o contra-baixo nos proporciona, o que permitem que a peça alcance êxito em trazer ao público mais uma versão de um texto tão antigo, tantas vezes discutido e interpretado de múltiplas maneiras. A iluminação de Elisa, fantástica, provoca sucessivos impactos estéticos e auxilia a imaginação do espectador que ouve os episódios revelados pelo aedos ou contador de histórias da tradição grega.
Para finalizar, mais um diferencial nessa peça é a proposta de um bate-papo com o ator após os espetáculos. No último sábado, Bruce fez questão de dizer que o espetáculo não foi feito para literatos e especialistas em Grécia Antiga, e de fato seu objetivo é também entender, nessa conversa final, o que pode ter ficado confuso, difícil ou inacessível para o público.
Ficha Técnica
Texto: Lisa Peterson e Denis O’Hare
Tradução: Geraldo Carneiro
Direção e interpretação: Bruce Gomlevsky
Contra-baixo acústico: Alana Alberg
Assistente de direção: Lorena Sá Ribeiro
Direção de movimento: Daniella Visco
Iluminação: Elisa Tandeta
Operador de luz: Rodrigo Miranda
Figurino: Carol Lobato
Cenário: Bruce Gomlevsky
Fotos: Dalton Valério
Efeito especial: Derô Martin
Trilha sonora original: Mauro Berman
Arte e identidade visual: Mauricio Grecco
Projeto Gráfico: Thiago Ristow
Assessoria de imprensa: João Pontes e Stella Stephany
Direção de produção: Carlos Grun/Bem legal produções
Idealização e realização: Bruce Gomlevsky/BG ArtEntretenimento LTDA.